Um sonho em comum é alimentado na vida da maioria das crianças brasileiras: ser jogador de futebol. O “país do futebol”, que tanto revela craques para o mundo, no entanto, tem uma infraestrutura ‘perna de pau’ quando o assunto são os campos e quadras esportivas.
Em Salvador, a situação não é diferente. Além de servirem para a formação de futuros atletas, estes espaços funcionam também como importantes equipamentos de lazer para a comunidade. Mas as condições de uso são ruins.
Piso irregular, a maioria com pedras soltas que podem causar acidentes, equipamentos enferrujados, alambrados danificados e falta de um sistema de escoamento da água da chuva são alguns dos problemas encontrados.
Ari Oliveira e os cerca de 60 garotos de seis a 14 anos do Projeto Social Clube sofrem diariamente com as dificuldades do Campo da Pronaica, em Cajazeira X. O projeto tem o objetivo de oferecer a crianças e adolescentes aulas de futebol no turno oposto ao que estudam.
“Jogamos aqui na raça, sem nenhum apoio. O campo tem muitos buracos e pequenas pedras, os alunos acabam se machucando constantemente”, relata Oliveira, que coordena a iniciativa.
Além de ser utilizado em competições, o campo serve para o lazer da comunidade e para projetos sociais, como o de Oliveira, realizado no local há 20 anos. “Quando chove, tenho que liberar as crianças, porque o campo fica alagado. É preciso criar um sistema de escoamento”, afirma.
Salvador conta com 279 campos e quadras cadastrados na Diretoria Geral de Esportes e Lazer (DGEL), vinculada à Secretaria Municipal da Educação. O gestor da DGEL, Téo Senna, admite que estes espaços apresentam uma série de problemas de infraestrutura.
No entanto, ele ressalta que a prefeitura tem reunido esforços para requalificar estes equipamentos. Além do programa de requalificação lançado no último mês, há também uma iniciativa de adoção de campos e quadras, mas ainda não há resultados.
Prefeitura planeja requalificar 102 áreas até março
Até março do próximo ano, 102 campos e quadras esportivas devem ser requalificados. Esta é a previsão do gestor da DGEL, Téo Senna. Segundo ele, 35 equipamentos (como os campos de Canabrava, Ilha de Maré e Marback) já estão em processo de recuperação e devem ser concluídos até o próximo mês. O investimento é de R$ 35 milhões.
Além disso, 11 campos foram adotados pela cervejaria Schin, entre eles o da Pronaica, em Cajazeira X, com investimento de R$ 1 milhão. Estes espaços também devem ter as benfeitorias concluídas em janeiro próximo.
A prefeitura lançou, ainda, no mês passado, o programa Salvador em Campo, que prevê a requalificação, até março próximo, de mais 56 espaços, com custo de R$ 15 milhões. O primeiro deles é o Campo do Candeal. Equipamentos no Nordeste de Amaralina, Pau da Lima, Boca da Mata estão entre os que serão melhorados.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1646475-quadras-e-campos-de-futebol-estao-com-estrutura-danificada