Confira abaixo o resumo do estudo publicado por Juliana Sturmer Soares Souza e Jorge Dorfman Knijnik na Revista brasileira de Educação Física e Esporte, da Escola de Educação Física e Esporte da USP, edição de janeiro/março de 2007.

 

Um dos setores que exerce um papel fundamental na construção de mitos esportivos no imaginário social é a mídia. É ela que cria, reforça e destrói heróis esportivos, transmite imagens positivas ou negativas sobre os atletas, suas realizações e eventos.

 

Alguns estudos internacionais têm mostrado como a cobertura esportiva da mídia privilegia os homens atletas em detrimento das mulheres. Assim, os objetivos desse trabalho foram: quantificar a cobertura da Folha de São Paulo de esportes masculinos e femininos através de uma análise percentual do número de reportagens; verificar o tamanho das reportagens por meio da média geral do número de palavras; e a frequência com que se utilizam comentários relacionados ao gênero nas reportagens.

 

Os resultados quantitativos apontaram para diferenças de até cerca de 700% entre a cobertura de homens e mulheres. O tamanho das reportagens também apresentou uma grande diferença. A análise de forma demonstrou que os homens são mais vezes citados por suas habilidades atléticas do que as mulheres, que recebem mais citações em relação a sua aparência física. Estes resultados demonstram que no Brasil, como em outros países, as mulheres esportistas continuam a serem pouco representadas pela mídia, apesar do crescente número de mulheres que participam e são bem-sucedidas no esporte.

 

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