O sonho de contar a história do futebol amazonense finalmente começa a ganhar contornos de realidade. A Fundação Vila Olímpica (FVO) fará o lançamento do acervo do Memorial Flaviano Limongi, nesta sexta-feira (5), na Arena da Amazônia, na Zona Centro-Oeste de Manaus. O local, que promete unir o passado ao futuro no moderno estádio, receberá a doação de relíquias que pertencentes à família Limongi. Entre os itens raros estão medalhas, fotos antigas e camisas usada por Pelé.
O museu que contará a história do futebol amazonense já recebeu relíquias de alguns clubes do Estado e agora contará com o acervo pessoal do homenageado. Flaviano Limongi, que morreu em 2013, aos 86 anos, foi o fundador da Federação Amazonense de Futebol (FAF) e colecionou durante anos verdadeiras relíquias relacionadas ao esporte mais amado pelo povo brasileiro.
Roberta Limongi, neta de Flaviano, representará a família do homenageado na apresentação de parte do que já foi doado por clubes e colecionadores do Amazonas. Ela revelou ao CRAQUE que não tem ideia da quantidade e do valor da coleção, mas que a família Limongi está disposta a colaborar com o que for preciso para ajudar na montagem do memorial que levará o nome do avô.
“Ainda não sabemos o que vai ser aproveitado no memorial. Precisamos catalogar tudo (acervo). Eles (FVO) é que vão resolver o que será levado para compor o museu. De nossa parte estamos dispostos a colaborar com o que for preciso”, revelou.
Relíquias
Entre tantas peças raríssimas que fazem parte do acervo de Flaviano Limongi, duas em especial deverão ser as estrelas do museu: camisas usadas pelo Rei do Futebol, Pelé. De acordo a neta do fundador da FAF, o avô recebeu uma camisa das próprias mãos do atleta do século, logo após mais uma vitória do fantástico time do Santos dos anos 60. Outra relíquia vinda do maior jogador de todos os tempos é um uniforme da Seleção Brasileira autografada pelo time campeão da Copa de 1970.
Também fazem parte da coleção que poderá ser doada ao museu medalhas, troféus e imagens da construção do estádio Vivaldo Lima. Assim como fotos antigas de jogadores famosos e certificados de homenagem que Limongi recebeu em reconhecimento de sua luta pelo futebol amazonense. Roberta confirmou que todo esse material só deverá ser levado para a Arena da Amazônia quando o espaço estiver pronto, o que deve durar pelo menos um ano.
“Pelo que fui informada, ainda vai demorar um pouco para que o acervo do meu avô seja incorporado ao memorial. Precisa ser feito todo um trabalho de catalogamento das peças. Temos que ver o que realmente vai ser usado no local, pra que ele siga para a Arena. Mas nós deveremos levar algumas peças na apresentação de sexta para a imprensa registrar”, afirmou a neta de Limongi.
Memorial
A promessa é de que o museu tenha uma área de 200m² no local onde hoje é o acesso VIP do estádio. No evento de lançamento do projeto do memorial, dirigentes dos clubes locais foram convidados a ceder material histórico que possa contribuir para enriquecer o acervo do memorial. Orçado, inicialmente em R$ 100 mil, o projeto conta com financiamento da iniciativa privada para sua execução.
Segundo Ariovaldo Malízia, diretor técnico da FVO, conversas com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) estavam bem encaminhadas e a entidade poderia arcar com os custos da obra. Mesmo com a provável privatização da Arena da Amazônia, pretendida pelo Governo do Estado para acontecer no ano que vem, uma cláusula no contrato já foi redigida e obrigará o futuro gestor do estádio multiuso, a manutenção irrestrita do memorial.
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