Os pacientes do Hospital do Idoso Zilda Arns fazem os equipamentos usados nas atividades físicas hospitalares. Foto: Fernanda Luvizotto
Os pacientes do Hospital do Idoso Zilda Arns estão ajudando a confeccionar equipamentos usados nas atividades físicas dentro do hospital. São halteres produzidos com materiais recicláveis de baixo custo, como garrafas pets. Tanto a confecção quanto a atividade têm melhorado a condição de saúde dos pacientes.
Os profissionais fazem uma avaliação inicial de cada paciente para definir o peso dos equipamentos e os movimentos que serão executados. Com o acompanhamento de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, a prática contribui para a recuperação dos movimentos que muitas vezes são perdidos durante o período de internação.
De acordo com a fisioterapeuta Luciana Yumi Leire, a utilização de materiais descartáveis torna os aparelhos acessíveis a todos os pacientes. “Nos casos daqueles que estão em isolamento, ou seja, que apresentam alguma bactéria resistente e que não podem ter contato direto com outros pacientes, os halteres tradicionais não eram utilizados, pois não podiam passar pelo processo de esterilização”.
O fato de cada paciente personalizar seu próprio haltere garante efeito positivo também à autoestima. “A atividade manual diminui a ansiedade e quebra a rotina hospitalar, além de estimular a percepção de que estão com as capacidades motoras preservadas, que são capazes e que estão produzindo algo que os auxiliará na recuperação”, diz a terapeuta ocupacional Andressa Chodur.
A aposentada Maria Yolanda de Souza, de 61 anos, conta que, em razão do seu problema de saúde, sentia muita fraqueza e não queria realizar nenhuma atividade física. Assim que finalizou a produção do seu haltere, se sentiu motivada a começar os exercícios indicados pela fisioterapeuta. “É muito bom, melhora não só a cabeça, mas todo o corpo”, diz.
A dona de casa Elize Sodieranske de Souza, que acompanha o pai internado há cerca de um mês, também observou melhora no condicionamento físico dele que, aos 92 anos, tinha muita dificuldade para respirar e até caminhar. “Os exercícios o deixaram mais forte, ele já está até achando a garrafinha dele muito leve, quer outra maior”, brinca.