Uma rua associada à promoção de uma vida mais sustentável, com compartilhamento do trânsito entre ciclistas, pedestres, motoristas e motociclistas, virou um ótimo motivo de vendas para o mercado imobiliário. A Avenida Sete de Setembro, a primeira Via Calma de Curitiba, é um dos pontos de referência para novos edifícios comerciais e residenciais da cidade.

 

Algumas construtoras aproveitaram para mostrar seus produtos na Via Calma durante a 23ª Feira de Imóveis da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR), no mês passado, promovendo vendas de, mais do que imóveis, um estilo de vida associado ao novo conceito da via.

 

Em um dos imóveis com esse mote de campanha de vendas, do Grupo Thá, a Via Calma é destacada. “A sustentabilidade está deixando de ser um diferencial para se tornar uma preocupação obrigatória na agenda do desenvolvimento urbano. Projetos que priorizem a vida em sintonia com as questões ambientais e também socialmente responsáveis são sempre bem vistos”, avalia a gerente de Relações Institucionais do Grupo Thá, Patrícia Alves Fehrmann. Inserido no contexto de sustentabilidade, o empreendimento contará também com o aproveitamento de águas pluviais.

 

Segundo o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig, o mercado imobiliário curitibano ganha com novos conceitos de mobilidade. “Os projetos de mobilidade urbana são importantes. Na hora de adquirirem um imóvel, são itens bem avaliados pelos compradores”, diz.

 

Além da mobilidade, a conservação, proteção, recuperação e o uso racional do meio ambiente, visando à preservação ambiental e a sustentabilidade da cidade, também prioridades da atual gestão, são destacados por novos empreendimentos.

 

No Atuba, na divisa dos municípios de Curitiba e Colombo, Construtora Strobel lançará um mini-bairro planejado, baseado no conceito de sustentabilidade, chamado EccoTown da Pedreira. O empreendimento também terá, inclusive, vagas para recarga de carros e bicicletas elétricas.

 

Segundo o diretor da empresa, Félix Strobel Júnior, esse é apenas um dos itens que compõem o conceito de sustentabilidade do empreendimento imobiliário. “Isso é uma tendência. Todos os empreendedores devem contribuir para reduzir os impactos da atividade econômica no meio ambiente. Estamos procurando minimizar essa situação escolhendo as melhores técnicas construtivas, bem como as práticas mais eficientes para manutenção e operação do centro de compras e lazer. Curitiba já tem um viés de sustentabilidade”, ressalta o diretor.

 

 A Via Calma

 

A Via Calma da Avenida Sete de Setembro permite o compartilhamento do trânsito entre motoristas, motociclistas e ciclistas e um maior respeito aos pedestres da cidade. Com ela, Curitiba confirma seu investimento em modais não motorizados, seguindo uma tendência presente em outras grandes cidades do mundo.

 

Mesmo que o número de carros continue grande nesta importante ligação entre vários bairros da cidade, o conceito da via é que os automóveis não serão mais os únicos “donos” da avenida e terão de respeitar uma velocidade mais baixa para dar condições de segurança a ciclistas e pedestres.

 

A via se estende da Rua Mariano Torres até a Praça do Japão, na região central da cidade e terá uma extensão de 6,3 km – 3 km no sentido centro e 3,3 km no sentido bairro. Para aumentar a segurança de quem pedala, a Via Calma conta com faixas preferenciais do lado direito da pista. Nelas, carros e bicicletas irão compartilhar o mesmo espaço, mas com prioridade para os ciclistas, que não precisam mais se arriscar nas canaletas dos ônibus.

 

O objetivo é reduzir a velocidade dos veículos motorizados para garantir a segurança de ciclistas e pedestres. Por isso, a velocidade máxima permitida para carros e motos será de 30 quilômetros por hora na via. Nesta velocidade, os acidentes fatais diminuem. Além disso, carros e motos vão emitir menos poluentes e ruídos.

 

Fonte: http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/via-calma-estimula-projetos-do-setor-imobiliario/34120