Manter uma rotina de exercícios físicos de forma gratuita e acessível é realidade em Belo Horizonte. Implantadas pela Prefeitura em praças, parques e em outros espaços públicos da capital, as Academias a Céu Aberto têm feito desses locais pontos de encontro de pessoas de todas as idades. Em quatro anos do programa, os aparelhos de ginástica foram instalados em 242 espaços da capital, 26 na região Centro-Sul.
As academias são compostas por aparelhos que se adaptam ao praticante. Ele usa o peso do próprio corpo na realização dos exercícios. Para que o frequentador use corretamente os equipamentos, em cada uma das academias há uma placa com instruções sobre os 12 tipos de equipamentos. Morador do bairro São Lucas, Sérgio Luiz Fonseca, de 55 anos, aponta os benefícios que sente ao destinar um tempo para se exercitar. “Quando posso, faço uma caminhada na praça, alguns exercícios para fortalecer os músculos e distrair a mente. Sinto-me muito bem, disposto para trabalhar e executar as tarefas do dia”, conta.
Os pontos positivos da prática regular de atividades são reiterados pelo educador físico João Rafael da Silva Caldeira, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel). Segundo ele, manter uma rotina de exercícios físicos ajuda na manutenção da pressão arterial em níveis adequados, fortalecimento muscular e dos ossos e redução de dores, além de prevenir o surgimento de agravantes à saúde, potencializados por uma vida sedentária. Ele completa que, ao adotar as atividades, o praticante pode ser beneficiado com a redução do estresse e com o aumento da capacidade de raciocínio e criatividade.
Saúde e convivência
As academias da cidade, além da promoção da saúde, possibilitam a interação dos usuários. Essa combinação traz bons resultados, segundo João Rafael. “Antes, a saúde era apenas a ausência de doenças. Atualmente, é compreendida de forma muito mais ampla. É o bem estar físico, mental e social de uma pessoa”, explica. Ele acrescenta que as regiões ganham mais um espaço de convivência e de troca de experiência na comunidade. “A iniciativa proporciona o bem estar social, uma vez que possibilita aproximação entre pessoas, podendo criar e fortalecer laços de amizade”, assinala.
Morador do bairro Sion e frequentador das instalações do Parque Juscelino Kubitschek, Fernando Souza Lima, de 69 anos, ainda constata que, após a implantação dos aparelhos, o espaço passou a ser mais frequentado. “A academia é muito importante. É um estímulo para as pessoas virem ao parque e se exercitar, além de ser uma boa oportunidade para quem não tem condições de frequentar as academias pagas”, analisa.